O Exército de Defesa de Israel (IDF) emitiu 1000 ordens de recrutamento para homens judeus ultraortodoxos no domingo, seguindo instruções do Ministro da Defesa, Yoav Gallant. A medida visa suprir uma crescente escassez de pessoal, exacerbada pelas baixas desde o início do conflito em Gaza.
Essa ação vem na sequência de uma decisão da Alta Corte de Justiça de Israel, que anulou a isenção de uma década para estudantes ultraortodoxos. Os partidos ultraortodoxos do governo do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu tentaram tornar a isenção uma lei permanente, mas não tiveram sucesso. Com a decisão do tribunal, o governo é agora obrigado a tratar todos os cidadãos de maneira igual e a iniciar o recrutamento dos judeus Haredi.
A isenção para os ultraortodoxos foi amplamente debatida, especialmente durante o atual conflito, quando cerca de 300.000 cidadãos foram convocados para o serviço de reserva. Muitos cidadãos criticaram a isenção, considerando-a uma carga injusta para os que são convocados.
As comunidades ultraortodoxas expressaram forte oposição ao recrutamento, alegando que ele é incompatível com suas práticas religiosas, como o serviço militar misto entre homens e mulheres. Milhares protestaram nas ruas, e líderes religiosos orientaram os jovens a queimar as cartas de conscrição. O IDF planeja integrar os recrutas Haredi de uma maneira que respeite suas práticas religiosas, incluindo a escolha de posições que correspondam às suas preferências.
Com o prolongamento do conflito em Gaza e a expansão para outras frentes, o exército israelense enfrenta uma escassez de 10.000 soldados. Em resposta, o governo está tomando medidas para aumentar os recrutamentos e prolongar o serviço militar. Na próxima quarta-feira, o Primeiro-Ministro Netanyahu falará no Congresso dos Estados Unidos, buscando reforçar o apoio militar americano.
